II Fórum de Qualidade e Certificações na Fruticultura em Petrolina: Inovação, Sustentabilidade e Excelência Agrícola

No dia 17 de maio, Petrolina foi palco de um importante evento para o setor agrícola brasileiro: o II Fórum de Qualidade e Certificações na Fruticultura, promovido pela QIMA e suas subsidiárias na área de alimentos QIMA/WQS e QIMA IBD.

No dia 17 de maio, Petrolina foi palco de um importante evento para o setor agrícola brasileiro: o II Fórum de Qualidade e Certificações na Fruticultura, promovido pela QIMA e suas subsidiárias na área de alimentos QIMA/WQS e QIMA IBD. O fórum reuniu renomados profissionais e organizações do setor para discutir inovações, padrões de qualidade e certificações na fruticultura, com o objetivo de fortalecer e elevar a excelência da produção de frutas no Brasil.

Durante o evento, foram abordados temas relevantes para a fruticultura em 2024, incluindo perspectivas, oportunidades e desafios na exportação, sustentabilidade, crescimento do mercado de orgânicos e expectativas futuras. Profissionais de grandes empresas e organizações, como Abrafrutas, FIEPE, Sweet Valley, PariPassu, Senai, Instituto Brasil Orgânico e Sebrae-PE, e QIMA Produce compartilharam suas experiências e casos de sucesso.


O potencial e os desafios da fruticultura

Localizada no semiárido nordestino, a região do Vale do São Francisco se beneficia de condições climáticas ideais para a produção de frutas tropicais e temperadas ao longo de todo o ano. Segundo a Embrapa, a área irrigada no Vale é responsável por cerca de 95% da produção de uvas e mangas do Brasil. Em 2023, o Brasil exportou mais de 1 milhão de toneladas de frutas, gerando um faturamento superior a 1 bilhão de reais. O volume de uvas exportadas aumentou 40%, enquanto a manga manteve sua posição de liderança nas exportações de frutas, com um aumento de 15%, totalizando 266 mil toneladas.

Apesar de todo esse potencial, o volume na exportação ainda não atinge níveis expressivos. Embora tenha havido um aumento de 6,7% em relação ao ano anterior, as exportações estão 11,9% abaixo dos números de 2021. “Praticamente 97% do total produzido fica no mercado nacional”, explica Heloísa Nóbrega, Gestora de Agronegócio do Sebrae-PE. “O país é o terceiro maior produtor mundial, mas ocupa apenas a 24ª posição em exportação”. Fenômenos climáticos, infraestrutura logística deficiente e questões regulatórias e sanitárias para atender aos padrões internacionais são alguns dos principais entraves que dificultam a expansão das exportações brasileiras.

Se os números para a exportação ainda não são excelentes e as dificuldades ainda são uma realidade para o setor, as projeções futuras trazem boas perspectivas. “Recentemente, foram abertos mercados para avocado, tangerina e lima na Índia, que possui 1,4 bilhão de habitantes. Em breve, vamos abrir o mercado de uva na China, também com uma população de 1,4 bilhão”, afirma Guilherme Coelho, presidente da Abrafrutas. Esses novos mercados podem impulsionar significativamente as exportações brasileiras de frutas, aproveitando a enorme capacidade de produção do país.


ESG na fruticultura: caminho para a sustentabilidade e competitividade global

As empresas e associações estão se esforçando para maximizar essa eficiência produtiva. Guilherme Coelho destaca a implementação de diretrizes ESG na fruticultura local como um motor de crescimento para os produtores da região. “Nossa meta é integrar as 92 empresas associadas às práticas ESG, visando a sustentabilidade e a competitividade do setor”, declara.

A meta da Abrafrutas inclui um diagnóstico dividido em três fases. Na primeira, a associação busca entender o contexto das organizações associadas e avaliar o grau de maturidade em relação às boas práticas ESG. Na segunda etapa, estabelece as interfaces, necessidades e expectativas das empresas associadas, elabora uma matriz de materialidade e implementa os requisitos e práticas ESG definidos, além de capacitar os colaboradores nos temas abordados. Finalmente, na terceira fase, a Abrafrutas auxilia as empresas associadas a demonstrar conformidade com as melhores práticas ESG, utilizando um protocolo específico e fornecendo um selo de conformidade.

A adoção dessas práticas não apenas melhora a sustentabilidade e responsabilidade social para os produtores, mas também pavimentam o caminho para as certificações. Essas certificações, por sua vez, abrem novos mercados e fortalecem a confiança dos consumidores, impulsionando o crescimento e a competitividade no mercado global.


Brasil na rota de liderança da sustentabilidade

A sustentabilidade per se, aliás, foi um dos temas que teve um grande foco durante o fórum em Petrolina. Ana Ishida, Diretora Global de Vendas na QIMA/WQS, destacou os cinco princípios-chave de sustentabilidade para alimentos e agricultura, enfatizando que o Brasil pode se tornar um líder na fruticultura e o maior polo exportador de frutas ao adotar práticas sustentáveis.

“A sustentabilidade não é uma moda passageira, mas uma realidade crescente que será cada vez mais regulada, tornando-se crucial para a sobrevivência dos produtores”, afirmou Ishida, apresentando dados publicados pela Russel Reynolds que apontam que 96% dos líderes empresariais acreditam que questões de sustentabilidade impactarão a viabilidade a longo prazo de seus negócios. “A transição para uma produção sustentável é complexa e requer tempo, comprometimento e investimento. As práticas sustentáveis e os regulamentos estão em constante evolução, por isso é importante estar atento às mudanças”, complementa.


Todos os pontos convergem para a certificação

Auditorias de responsabilidade social, inspeção de qualidade, potencialidade no mercado orgânico e protocolos sustentáveis foram outros assuntos também debatidos durante as palestras do II Fórum de Qualidade e Certificações na Fruticultura. Apesar da variedade de tópicos abordados, todos convergiam para um ponto central: a importância das certificações na fruticultura

Guilherme Coelho destacou a relevância de ser uma empresa certificada afirmando: "Hoje existem diversos tipos de certificação, e precisamos de todos eles para atender às demandas do mercado global. Parabenizo a QIMA por disponibilizar essa gama de soluções e aproveito para chamar a atenção dos produtores, especialmente dos pequenos, para a importância de ser certificado."

A obtenção de certificações não só assegura a qualidade e a sustentabilidade dos produtos, mas também amplia as oportunidades de mercado, atendendo às exigências internacionais e fortalecendo a competitividade dos produtores brasileiros.


Um futuro promissor para a fruticultura

Eventos como o Fórum de Qualidade e Certificações na Fruticultura são essenciais para a disseminação do conhecimento, a aplicação de práticas inovadoras e a definição das expectativas futuras no setor agrícola. Eles funcionam como um catalisador para a troca de ideias e o aprimoramento das técnicas utilizadas pelos produtores. “O Brasil tem todo o potencial para se tornar um dos maiores exportadores globais de frutas. Nós, da QIMA, estamos fazendo a nossa parte ao oferecer soluções focadas na qualidade, promovendo a excelência do produto. Se os produtores aplicarem todos os recursos disponíveis, nosso país muito em breve estará no topo”, afirma Alexandre Harkaly.

Com a promessa de bons frutos, a QIMA já está se preparando para a edição de 2025 do evento. A antecipação e o planejamento contínuo demonstram o compromisso da certificadora em fomentar um ambiente de constante melhoria e inovação na fruticultura. Ao olhar para o futuro, a expectativa é de que esses esforços se traduzam em um mercado mais robusto e competitivo, colocando o Brasil em uma posição de destaque no cenário global de exportação.