Os alimentos orgânicos, em particular, emergiram como protagonistas nesse cenário em evolução. Para arrematar essa crescente preferência por alimentos saudáveis e sustentáveis, uma pesquisa recente realizada pela Organis, com apoio da QIMA IBD, corrobora essa tendência.
De acordo com os resultados da pesquisa, a audiência jovem desponta como o principal segmento desse mercado em ascensão. Surpreendentemente, 45% dos entrevistados que afirmaram ser consumidores de produtos orgânicos situam-se na faixa etária entre 18 e 34 anos. Essa tendência encontra explicação na relação íntima que as gerações Y e Z têm com o mundo digital, onde informações fluem de maneira ágil e ininterrupta.
Alexandre Harkaly, Diretor Executivo da QIMA IBD, destaca que "compreender os benefícios intrínsecos de uma alimentação orgânica tornou-se algo quase inato para essa geração, impulsionando o consumo desses produtos de forma natural". A influência positiva dessas gerações transcende o presente, pois Harkaly também prevê que essa consciência em relação à sustentabilidade e saúde seja transmitida com força para as próximas gerações, solidificando um legadode escolhas conscientes e ecologicamente responsáveis.
Apesar da conscientização crescente sobre o consumo de orgânicos, o fator preço continua a ser um obstáculo significativo tanto para os consumidores regulares quanto para aqueles que ainda não adotaram essa prática. De acordo com o estudo, 85% dos consumidores habituais avaliam os preços dos produtos orgânicos como sendo mais caros em relação aos não orgânicos, enquanto essa estatística sobe para 87% entre os não consumidores.
Entretanto, a pesquisa também apresenta um cenário positivo. Dentro desse contexto, 61% dos consumidores regulares expressam a convicção de que a discrepância de preços nos produtos orgânicos é plenamente justificada. A ausência de agrotóxicos, aprimorada qualidade do produto, o zelo no cultivo e os custos inerentes à produção emergiram como as principais razões sustentadas por esses consumidores.
A pesquisa apresenta uma fonte de insights essenciais não apenas para os profissionais da produção primária e do setor alimentício, mas também para os consumidores atentos às movimentações desse mercado. Sob a perspectiva de um panorama em expansão, o estudo traz à luz o notável crescimento do setor, destacando a relevância dos alimentos orgânicos em nossas escolhas diárias. No cerne dessas descobertas está a conexão entre escolhas alimentares conscientes e a promoção direta da saúde e bem-estar da população.
Em face dessa onda crescente, o estudo ressalta a importância de manter a qualidade nos produtos orgânicos. “Através de estratégias de marketing educativo e colaboração entre diferentes segmentos da indústria, a pesquisa enfatiza que o caminho para impulsionar ainda mais o crescimento orgânico reside na construção de programas que valorizem e celebrem a natureza benéfica e sustentável desses produtos”, atesta Harkaly. Como observado, ainda, pelo Diretor Executivo, a análise “reflete uma visão otimista para o futuro, onde a qualidade, a educação e o esforço conjunto moldarão um cenário alimentar mais saudável e mais consciente”.
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